Galaxy S II tem alto poder de fogo

















Num corpinho com menos de 1 centímetro de espessura, o Galaxy S II GT-I9100, da Samsung, traz uma configuração arrasadora. A força do processador de 1,2 GHz com dois núcleos e a tela de 4,3 polegadas são as maiores entre os smartphones que já passaram pelo INFOlab. O resultado dessa combinação são respostas instantâneas, sensibilidade ao toque excepcional e menus, fotos e vídeos com um aspecto muito bom. A câmera de 8 MP apresenta resultados acima da média. Os arquivos ficam armazenados nos 16 GB de memória interna. Quer mais espaço? É só adicionar um cartão microSD. Para isso, é preciso remover a tampa traseira de plástico texturizado, que, para alguns, não foi a melhor escolha para manter o visual classudo. Também há quem ache que a telona deixou o aparelho com proporções um pouco exageradas e sinta falta de uma saída microHDMI e da sintonia de TV, função presente no antecessor. Com o sistema Android mais moderno por trás, o modelo faz bonito no software, com aplicativos para editar texto e sincronizar arquivos por Wi-Fi.

Esquerda para direita: Galaxy S II, iPhone 4 e Optimus One
Armado com um processador Cortex A9 de dois núcleos de 1,2 GHz, o Galaxy S II é o smartphone com maior poder de fogo do mercado. Aliado à GPU Exynos Mali-400MP, própria da Samsung, o aparelho dá adeus aos engasgos na interface, abertura de aplicativos e serrilhados. A experiência oferecida pelo S II ao usuário é uma das melhores já avaliadas pelo INFOlab. Para completar o quadro, há 1 GB de memória RAM, 16 GB de memória interna e um slot para cartões microSD. Mesmo com os valores acima da média, faltaram ao Galaxy S II recursos inovadores para que ele ocupasse a primeira posição no INFOlab, como o sistema de docks ou leitor biométrico do Motorola Atrix. A falta de uma saída HDMI e a necessidade de um adaptador para conectar o S II à TV (com 720p) também é um grande ponto negativo em relação aos concorrentes.
Benchmark Quadrant (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Samsung Galaxy S II
Xperia Arc
Samsung Nexus S I
LG Optimus Black
Galaxy Ace
LG Optimus Me
Até que ponto uma tela de smartphone pode crescer? Uma tela grande e com resolução alta tem muito a oferecer para o usuário, mas as 4,3 polegadas da Super AMOLED Plus (480 por 800 pixels) do Galaxy S II parecem ser o limite. A comodidade de poder espalhar quantos widgets quiser deixou o aparelho grande. Mesmo com meros 0,8 centímetros de espessura, os 12,5 por 6,6 centímetros restantes o tornam desconfortável para mãos pequenas e alguns bolsos. No entanto, sua massa reduzida (são só 109 gramas) torna o manuseio interessante.
A pegada do smartphone é favorecida por uma textura na tampa traseira, mas por não ter um botão dedicado para registrar imagens a situação fica um pouco complicada na hora de fotografar. O aparelho é construído em plástico preto, com uma textura áspera na tampa traseira, que é bastante fina e maleável, dando a impressão de fragilidade. Na lateral esquerda há botões para controle de volume e do lado direito o tradicional ligar/travar. Na parte superior há um conector P2 para fones. Na parte oposta há uma porta microUSB para transferência de dados e recarga do aparelho. A câmera de 8 MP com flash LED registra imagens com qualidade acima da média, mas seu grande destaque é a gravação de vídeo em 1080p a 25 quadros por segundo.

Para não fazer feio em relação aos concorrentes, o software da câmera traz detecção de rosto e piscar, redução de vibração (não é muito eficiente), controle de branco e de exposição. A sensibilidade varia entre os ISOs 100 e 800. Há vários ajustes de disparo (cenas): Amanhecer, texto, cor de outono, fogos de artifício, luz de velas, luz de fundo, por do sol, praia/neve, festa/interior, esportes, noturno, retrato, paisagem e nenhum. A câmera frontal, para videochamadas conta com 2 MP.


Gingerbread e TouchWiz
Rodando o Gingerbread 2.3.3, o Galaxy S II só precisaria dos aplicativos tradicionais da Samsung para contentar plenamente o usuário. Felizmente, o smartphone traz o melhor da TouchWiz, a interface adaptada da Samsung que tem evoluído bastante. As principais diferenças em relação à versão pura do Android são os quatro atalhos fixos na porção inferior da tela, bem no estilo iOS, os movimentos de pinça para alternar entre as áreas de trabalho e menus de aplicativos e um excelente gestor de contatos. Além de exibir as informações com um visual interessante, uma barra de rolagem lateral com o alfabeto facilita muito a navegação. O calendário também é eficiente, com um sistema de gestão de tarefas que não oferece nada além do tradicional, mas ganha pontos por conta de seu design.

Ao contrário das versões anteriores da interface, a TouchWiz 4.0 permite destravar a tela arrastando a imagem para qualquer direção, não só para as laterais. Há também novos efeitos de transição para a criação de widgets e abertura de aplicativos. O teclado QWERTY com Swype não recebeu nenhuma modificação, mantendo o já conhecido e eficaz layout da Samsung. Por conta da grande tela do S II, a digitação é confortável tanto em retrato como paisagem. Se você não é fã do Swype, que habilita a escrita com gestos no teclado, basta clicar e segurar seu ícone e alterar para o teclado padrão da Samsung. Outra novidade são os gestos para controlar o zoom na galeria de imagens. Basta pressionar a tela com dois dedos e movimentar o aparelho para ampliar ou reduzir o zoom. Na prática é mais fácil ampliar com a tradicional pinça ou dois toques.
Um dos aplicativos que merecem destaque é o Polaris Office. Ágil e com boa fidelidade na exibição dos arquivos (Word, Excel, PowerPoint e PDF testados), ele permite a criação e edição de documentos. A app se integra ao Google Docs e Box.net, permitindo fazer o download dos documentos armazenados na nuvem.
Há ainda o Kies Air (permite conectar remoto para ver arquivos multimídia, contatos, mensagens ligações e acessar gerenciador de arquivos), Mini diário (anotações com foto e geolocalização), Livraria cultura (compra e leitura de livros), Hero of Sparta HD (terceira pessoa, estilo WOW), Social Hub (agregador de redes sociais), Readers Hub (agregador feeds) e Game Hub (central de jogos sociais com bons títulos).
O Mídia Player tem um visual simples, mas eficiente. Exibe a capa dos álbuns, mas não tem integração com serviços online (baixar dados das faixas, letras, capas, etc) e não há opções de personalização ou configuração. Os arquivos são: MP4, H.263, H.264, WMV, MP3, eAAC+, WMA e WAV. O app de rádio FM permite armazenar até 8 estações. O visual é interessante e há recurso para buscar automaticamente. O único problema é que a cada busca por estações as já armazenadas são eliminadas. Não é possível gravar a programação.
Tantos recursos exigem bastante energia. A bateria do S II resistiu bravamente por 7 horas e 58 minutos. Mesmo parecendo pouco, se comparada à duração de aparelhos mais simples, o resultado está na média para os smartphones topo de linha.
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